Segundo evento da “Série BRICS” discute os sistemas nacionais de inovação do Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul.

No dia 25 de Julho, o BRICS Policy Center sediou a palestra “Sistema Nacional de Inovação dos BRICS”, ministrada pelo Economista José Eduardo Cassiolato, professor associado da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e Coordenador da RedeSist, e mediada por Luis Manuel Rabelo Fernandes, atualmente professor do IRI/PUC-Rio e coordenador do programa Inovação e Governança do Desenvolvimento (PIGD).

A palestra é continuidade da série de eventos sobre os BRICS realizada este ano pelo BPC, por ocasião da Cúpula dos BRICS a ser sediada no Brasil. A inauguração desta série contou, anteriormente, com a palestra do professor Paulo Nogueira Batista Jr. sobre o tema “Os Novos Bancos Multilaterais de Desenvolvimento (NBD-BRICS e AIIB) e o Sistema Financeiro Internacional”. Encontros similares serão realizados pelo BPC ao longo dos próximos meses.

No evento, Cassiolato buscou discutir o papel de instituições dos setores público e privado dos países BRICS  no desenvolvimento de novas tecnologias de inovação, além de fazer uma discussão sobre o quadro atual no qual esses sistemas se encontram, quais são suas limitações e perspectivas futuras. Também destacou detalhadamente os processos presentes no Brasil, na Rússia, na índia, na China e na África do Sul, tendo em vista os efeitos que a crise de 2008 acarretou para o desenvolvimento de Pesquisa e Desenvolvimento (P&D) desses países.

Para o economista, a crise teve um aspecto multifacetado e apresentou fatores significativos que justificam sua persistência: a hipertrofia dos mercados e ativos financeiros e o forte aumento na desigualdade de distribuição de renda. A partir de 2011, houve um aprofundamento desse quadro afetando a produção, os investimentos e o comércio internacional, que experimentou um grande aumento do protecionismo.

Ao final do evento, o público presente participou de um debate aberto sobre as questões levantas ao longo da palestra e também discutiu a agenda de pesquisa sobre os sistemas nacionais de inovação dos BRICS, uma vez que, segundo Cassiolato, é necessário avançar em uma proposta coletiva conceitual e metodológica capaz de descobrir a dinâmica de sistemas sustentáveis e socialmente inclusivos de inovação, especialmente os que geralmente ficam aquém das pesquisas acadêmicas e políticas públicas usuais.

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